O foco do plano de aula é o aluno, portanto, é importante verificar os seus conhecimentos prévios ( o que ele já traz de saberes), caso contrário , a aula fica desinteressante, repetitiva e monótona. Pense sempre em como o aluno vai aprender aquilo, na verdade, coloque-se no lugar do aluno e pense em como voçê gostaria de aprender aquilo. Boa leitura!
1º Definição do tema: Sua aula será sobre o quê? ( Muitos denominam TEMA GERADOR) IMPORTANTE LEMBRAR QUE AO ELABORAR UM PLANO DE AULA DEVE-SE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO A QUANTIDADE DE ALUNOS EM SALA E SE A TURMA, TEM ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS, PARA QUE SE FAÇA AS ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS.
2º Objetivo:
Perguntas que vc se deve fazer antes de definí-los: O que voçê pretende que seu aluno faça durante a aula? O que voçê quer que seu aluno aprenda durante a atividade? Como o conhecimento que ele produziu a partir das atividades, vai acrescentá-lo como cidadão?
Os OBJETIVOS abrangem seis áreas e ao escrevê-los , os verbos devem estar sempre no infinitivo, quanto á quantidade, vai depender dos objetivos á serem alcançados.
As seis áreas e os verbos:
• Conhecimento – Conhecer, apontar, criar, identificar, descrever, classificar, definir, reconhecer , recriar, redefinir, reescrever.
• Compreensão – Compreender, concluir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir, deduzir, localizar.
• Aplicação – Aplicar, desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar, traçar.
• Análise – Analisar, comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar, investigar, provar.
• Síntese – Sintetizar, compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular, propor, reunir, voltar.
• Avaliação – Avaliar, argumentar, contratar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir, selecionar.
3º Conteúdo:
O que será trabalhado em aula, POR EXEMPLO: cálculo mental; migração; produção de texto; coleta seletiva etc.
Alguns autores classificam o conteúdo em duas formas :CONTEÚDO PROGRAMÁTICO quando for sobre a apostila/livro na sua totalidade e EIXO TEMÁTICO quando for apenas de uma parte/capítulo.
4º Material necessário: O que os alunos precisam para trabalhar; caneta, hidrocor, tesoura , cola, cartolina (colocar a cor) etc.
5º Metodologia: Fica à seu critério explicitar a metodologia ou não, pois , alguns autores consideram que a metodologia já está inserida no desenvolvimento. Caso voçê queira explicitar a metodologia a ser utilizada:
Aula expositiva dialógica ( ouVice-Versa), com exposição via televisão ou exibição de DVD de filme, ou documentário, clipe e etc. Exposição de transparências via retro projetor, elaboração de fichamentos, resumos de textos pré-selecionados, mapeamentos, resolução de exercícios. Utilização de Datashow.
7º Desenvolvimento: Como será desenvolvida a sua aula? Separe-o em etapas se necessário, descrevendo quais as ações de aprendizagem. De acordo com SILVA, 2006.
8º Avaliação: Como voçê vai avaliar o seu aluno? Quais são as técnicas utilizadas para avaliar o aprendizado do aluno?
Dica: Não fique sentado (a) durante as atividades , ande pela sala, observando e tirando dúvidas. Elogie, estimule, avalie enquanto observa.
LEMBRE-SE: O PLANO DE AULA É APENAS PARA ORIENTAR O EDUCADOR, NÃO É UMA VERDADE ABSOLUTA, OU SEJA, O EDUCADOR DEVE OBSERVAR SE O PLANO ESTÁ FUNCIONANDO , SE É NECESSÁRIO ALGUMA MUDANÇA, IMPROVISAÇÃO . ÀS VEZES UMA DISCURSSÃO SURGIDA EM AULA, MUDA COMPLETAMENTE O RUMO DO PLANEJAMENTO. FLEXIBILIZAR É MUITO IMPORTANTE.
Segue abaixo um exemplo de um plano de aula retirado do site da NOVA ESCOLA :
http://revistaescola.abril.com.br/
Objetivos
- Resolver situações diversas com cálculos percentuais.
- Relacionar as situações e suas estratégias de resolução.
Conteúdo
- Porcentagem.
Anos
6º e 7º.
Tempo estimado
Seis aulas.
Material necessário
Calculadoras e notícias de jornais, propagandas e folhetos comerciais com porcentagens.
Desenvolvimento
1ª etapa
Distribua as notícias, as propagandas e os folhetos aos alunos e peça que, em duplas, eles interpretem o significado dos números acompanhados do sinal %. O que significam? Como foram calculados? Todos deverão expor suas hipóteses e registrá-las.
2ª etapa
Retome as conclusões dos estudantes sobre como obter porcentagens. Em seguida, apresente a seguinte lista de cálculos para que, individualmente, eles os classifiquem em fáceis e difíceis e justifiquem suas decisões.
- 100% de 50
- 12% de 332
- 30% de 1.556
- 150% de 400
- 50% de 30
- 11% de 622
- 43% 1.533
- 6% de 998
- 25% de 44
- 95% de 10
- 69% de 69
- 0,5% de 2.978
- 50% de 50
- 310% de 198
Flexibilização
Converse com o professor da sala de recursos para ver as possibilidades de adaptação.
3ª etapa
Organize uma sessão de cálculo mental com os exercícios anteriores para recuperar as estratégias descritas nas justificativas. Para conferir se as respostas estão certas, os alunos devem usar a calculadora.
Flexibilização
Selecione os exercícios com porcentagens básicas, como 100% e 50% e valores redondos.
4ª etapa
Peça que os alunos registrem os tipos de resolução que surgiram na sessão de cálculo mental e, então, confiram se as propostas poderiam ser mais práticas. A ideia aqui é levar a turma a perceber que toda porcentagem envolve a questão de proporcionalidade entre o todo e uma parte. Sistematize o conteúdo, mostrando os prós e os contras das resoluções.
5ª etapa
Apresente problemas como estes e recomende que a garotada resolva-os considerando a relação de proporção:
- "Uma televisão custava 523 reais em agosto e em setembro seu preço passou para 700 reais. Qual o aumento percentual do preço?"
- "Débora teve um aumento de 100% na mesada, de 32 reais. Porém ela percebeu que o acréscimo não é suficiente para comprar um jogo que custa 104 reais. Qual o aumento percentual que ela precisaria para fazer a compra?"
Flexibilização
Substitua os valores originais por números redondos.
Avaliação
Com propostas semelhantes às da 5ª etapa, analise se a turma desenvolveu a noção de proporcionalidade em questões que envolvem porcentagem e se sabe identificar qual é o inteiro. É fundamental que todos tenham aprendido que ele nem sempre é 100%.
Flexibilização
No caso de estudantes com deficiência intelectual, retome a investigação das relações entre porcentagem e proporção com base em cálculos que envolvam números redondos e percentuais básicos, como 25, 50 e 100.
Consultoria: Daniela Padovan
Mestre em didática da Matemática e coordenadora pedagógica da rede municipal de ensino de São Paulo.
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